Não foi clássico, foi único!

A semana do enterro'08 já passou, mas não podia passar sem deixar umas palavras no nosso blog.

Se alguém me dissesse na semana anterior que este seria o melhor enterro desde que estou em Aveiro, provavelmente não acreditaria, tendo em conta que já se passaram grandes momentos em anos anteriores. Agora vejo como estaria errado, pois foi uma semana realmente marcante.

Tudo começou com um jantar na primeira quinta-feira... Ainda bem que há fotos e até vídeos, pois não há palavras que possam descrever tal acontecimento. O tinto fluía como as águas do Nilo e a concentração de fumo era tão elevada que dava a sensação de estarmos na fornalha de um comboio a vapor. Já no recinto (bem complicado que foi para lá chegar, sem nunca esquecer a fabulosa troca de palavras entre Nuno Ferreira e o taxista), alguns de nós pareciam crianças perdidas num hipermercado. Várias vezes ouvimos chamar o nosso nome e corríamos desalmados na esperança de encontrarmos a salvação...mas não, era só mais um absinto vodka. Escusado será dizer que a noite acabou de dia, depois de um fabuloso show de stand-up comedy dado por mim e Nuno Ferreira no autocarro de retorno à metrópole, ao qual se seguiu o clássico pequeno-almoço, 10 pinhas e uma sumol laranja de 1,5L.
Não posso encerrar este capítulo sem falar de alguém que pediu à namorada que chamasse o INEM mas não por se sentir mal, simplesmente porque queria ir deitado e sossegado até casa.

Dia seguinte, tudo em recuperação da noite anterior. O jantar realizou-se no convívio e desta feita com uma novidade em relação a anos anteriores: não se beberam bebidas alcoólicas. A noite seria apenas para cumprimento de calendário com mais um concerto dos Xutos. Mas já não os vimos tantas vezes...?

Fim-de-semana e segunda-feira foram dias de descanso.

Terça-feira era dia de Quim Barreiros, imperdível portanto. A malta por lá se encontrou e dançou ao longo de uma hora e vinte minutos, pouco tempo pois o Quim ainda tinha de tocar na semana académica de Viseu na mesma noite.

Quarta-feira seria dia de descanso, pois o cartaz não era nem muito nem pouco apelativo...era simplesmente de fugir. Assim teria acontecido, não tivesse um telefonema à última hora mudado o rumo das coisas. Para quem ainda precisasse de provas, ficou esclarecido...uma boa companhia não tem valor e vale por si só, mesmo quando tudo o resto é adverso.

Quinta-feira...quinta-feira...bem, quinta-feira não aconteceu. Dia do desfile, com tantos amigos finalistas, tinha mesmo de ser assim...
Como tinha ficado prometido, jantei com os meus bons amigos Mário e Marisa, e mais uma série de pessoas que por lá andavam. Jantar acabado era hora de seguir para o desfile. O desfile de Aveiro até tem a sua graça...durante os primeiros 5 minutos. Daí para a frente é um martírio até chegar ao recinto. O facto é que lá chegámos e o que se passou daí em diante foi digno de filme, mas não uma qualquer produção hollywoodesca para passar no domingo à tarde...antes uma mega-produção, um épico maior que Ben-Hur. Os shots apareciam a uma velocidade estonteante e mais depressa desapareciam. Assinaram-se lençóis, t-shirts, cartolas...aos nossos amigos e colegas finalistas. Com tanta emoção, até eu acabei com uma t-shirt cheia de dedicatórias e assinaturas. A meio do concerto de Meidin, o Chico diz-me para irmos para as grades (tal era a dimensão épica do evento), e quando repara, já eu estou em frente ao palco. Nas barracas a situação era digna de Pamplona, toureava-se por todos os lados. Para muitos que lá estavam, a noite não teria acabado, mas às 6 horas os seguranças dizem ao Dj que acabe a sessão e começam a encaminhar-nos para a saída. Já na paragem enquanto se esperavam os autocarros, alguém se lembra de ligar ao Nuno Ferreira.

"Ei, onde estás?"
"Nos carrinhos de choque!!!!!"

Não foi fácil apanhar o autocarro, mas lá chegámos a Aveiro, saíndo mais uma vez na primeira paragem para o pequeno-almoço, desta feita com o grupo mais completo, e desta feita na Tulipan (só podia mesmo). Antes de nos dirigirmos à Tulipan, houve ainda tempo para uma descrição pormenorizada de um evento bombista. Já na Tulipan...já na Tulipan...enfim, o que sucedeu foi um filme dentro do filme. Desde Nuno Ferreira a devorar 5 pães em frente ao televisor, com uma fixação doentia no noticiário matinal ("Liliana Aguiar tira fotos vestida apenas com uma Jibóia"), passando pelo extraordinário espetáculo de stand-up que se sucedeu, e nunca esquecendo o "Floresta", um restaurante que fica no monte... Não foi clássico, foi único!

Resta-me agradecer a todos os que contribuíram para que esta semana fosse assim.

À malta de NTC que por lá passou e que me deixaram frases absolutamente geniais na t-shirt.

Ao Nuno Ferreira pela sua disponibilidade para estes eventos, e sabemos todos que é para ele um grande sacrifício lá estar...ou não!

Ao caríssimo Alexandre, nem vale a pena dizer mais nada, para o ano seremos os únicos dinossauros naquela universidade.

E claro está aos finalistas

Mário e Marisa, meus amigos do coração. Deixam a universidade mas sei que estarão sempre disponíveis para estes eventos. As maiores felicidades do mundo para vós, pois são merecidas.

Pedro Saraiva e Fontão, meus "colegas de curso" e no geral boas pessoas, que façam muitos e bons projectos por esse mundo fora.

Cátia, minha querida avó, tem sido para mim um prazer conhecer-te, a tua simpatia e personalidade são algo raro nos dias de hoje. Espero que não te esqueças de nos visitar, senão já sabes, vamos nós a Torres! Felicidades e que tenhas uma vida cheia de sucessos.

Francisco, avô Kustão...é para mim uma imensa alegria ver-te acabar o curso. Se verdade é que nunca mais os almoços no mec, na cantina, as tardes em frente a civil sem fazer nada serão iguais, vamos sempre pensar nas que já se passaram e recordar a tua presença com saudade. Podes ir mas sabes que ficas sempre connosco. Boa sorte que bem mereces!

Mais uma vez,

Obrigado